segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Habilidade do goleiro

O professor Gerard Fonseca(1) (1998), num livro muito bom que trata do treinamento do goleiro, e outros dois autores, Daniel Mutti(2) (1999) e José Roulien(3) (1999), apontaram algumas habilidades do goleiro. São elas: pegada, reposição, lançamento, defesas altas, defesas baixas, saídas de gol, jogo de quadra.

Um ex-aluno meu, o Sérgio Dimas(4) (2001), dividiu estas habilidades acima em ofensivas e defensivas. As ofensivas sinalizam para ações de ataque: reposição, lançamento, jogo de quadra. As defensivas, evidentemente, tentam impedir o êxito do ataque adversário: a pegada, as defesas altas e baixas e as saídas de gol.

Explicarei cada uma delas. Inicio pelas defensivas.

O que é a pegada? É quando o goleiro faz, com as mãos, uma resistência à bola. Quando a bola vem alta, os polegares do goleiro devem voltar-se para dentro. Quando a bola vem baixa e rasteira, os polegares devem voltar-se para fora. E para bolas vindas na altura do tronco, o goleiro deve fazer o encaixe. Lembre-se de que uma pegada pode iniciar um jogo de contra-ataque. Para isso, bastaria um lançamento ou o ainda o goleiro repondo a bola para fora da área para si mesmo.

O que são defesas altas? As que são realizadas da linha do quadril para cima. Enquanto as defesas baixas são do quadril para baixo. Relevante que estas defesas dependerão, minimamente, de duas variáveis: força e velocidade da bola. Observe:

- para bolas fortes e velozes que vêm na direção do goleiro, sugere-se espalmar. Entretanto, deve-se considerar o posicionamento do adversário. Se a bola vier fora do alcance do goleiro, sugerem-se quedas laterais e saltos. Disse quedas e saltos, não acrobacias.

- para bolas fracas e lentas: sugere-se a pegada.

Nas saídas de gol do goleiro, sugiro considerar dois aspectos:

1º O adversário está sem a posse de bola: fazer a cobertura, isto é, sair do gol com a rapidez necessária para encontrar a bola. Para atender à regra, faze-la sem tocar a bola com as mãos. Quanto mais experiente o goleiro, mais fácil selecionar a melhor ação. Por exemplo: chutar a bola para fora, dominar e passar ou dominar, conduzir e chutar ou passar.

2º O adversário está com bola: fechar o ângulo. A idéia é que o goleiro aumente a sua área corporal, dificultando para o atacante a finalização. Dependerá, evidentemente, de uma boa técnica: pernas flexionadas, tronco projetado à frente e também do tamanho do goleiro. Se o goleiro sair do gol, não ser afoito, aproximar-se para depois tentar o desarme. Isto permitirá, por exemplo, que a defesa se equilibre novamente ou que alguém o cubra.

Quanto às ofensivas, inicio pela reposição. Isso acontece quando, com o uso das mãos, o goleiro coloca a bola em jogo na sua meia-quadra. A reposição deve visar um companheiro bem colocado ou um espaço livre. Deve ser feita com segurança, não expondo a equipe a investidas do adversário.

O lançamento é diferente da reposição apenas num ponto: é feito na meia-quadra de ataque. Com a nova regra do arremesso de meta, onde não é necessário repor a bola na sua meia-quadra defensiva, esta habilidade será ainda mais utilizada.

E, por último, o jogo de quadra. Caracterizado pela utilização das habilidades domínio (recepção), passe, chute e drible (se for na quadra de ataque). Tanto melhor se o goleiro for hábil nas quatro. Entretanto, minimamente, precisa ser bom pelo menos em duas: domínio e passe ou domínio e chute.

Habilidade do goleiro

O professor Gerard Fonseca(1) (1998), num livro muito bom que trata do treinamento do goleiro, e outros dois autores, Daniel Mutti(2) (1999) e José Roulien(3) (1999), apontaram algumas habilidades do goleiro. São elas: pegada, reposição, lançamento, defesas altas, defesas baixas, saídas de gol, jogo de quadra.

Um ex-aluno meu, o Sérgio Dimas(4) (2001), dividiu estas habilidades acima em ofensivas e defensivas. As ofensivas sinalizam para ações de ataque: reposição, lançamento, jogo de quadra. As defensivas, evidentemente, tentam impedir o êxito do ataque adversário: a pegada, as defesas altas e baixas e as saídas de gol.

Explicarei cada uma delas. Inicio pelas defensivas.

O que é a pegada? É quando o goleiro faz, com as mãos, uma resistência à bola. Quando a bola vem alta, os polegares do goleiro devem voltar-se para dentro. Quando a bola vem baixa e rasteira, os polegares devem voltar-se para fora. E para bolas vindas na altura do tronco, o goleiro deve fazer o encaixe. Lembre-se de que uma pegada pode iniciar um jogo de contra-ataque. Para isso, bastaria um lançamento ou o ainda o goleiro repondo a bola para fora da área para si mesmo.

O que são defesas altas? As que são realizadas da linha do quadril para cima. Enquanto as defesas baixas são do quadril para baixo. Relevante que estas defesas dependerão, minimamente, de duas variáveis: força e velocidade da bola. Observe:

- para bolas fortes e velozes que vêm na direção do goleiro, sugere-se espalmar. Entretanto, deve-se considerar o posicionamento do adversário. Se a bola vier fora do alcance do goleiro, sugerem-se quedas laterais e saltos. Disse quedas e saltos, não acrobacias.

- para bolas fracas e lentas: sugere-se a pegada.

Nas saídas de gol do goleiro, sugiro considerar dois aspectos:

1º O adversário está sem a posse de bola: fazer a cobertura, isto é, sair do gol com a rapidez necessária para encontrar a bola. Para atender à regra, faze-la sem tocar a bola com as mãos. Quanto mais experiente o goleiro, mais fácil selecionar a melhor ação. Por exemplo: chutar a bola para fora, dominar e passar ou dominar, conduzir e chutar ou passar.

2º O adversário está com bola: fechar o ângulo. A idéia é que o goleiro aumente a sua área corporal, dificultando para o atacante a finalização. Dependerá, evidentemente, de uma boa técnica: pernas flexionadas, tronco projetado à frente e também do tamanho do goleiro. Se o goleiro sair do gol, não ser afoito, aproximar-se para depois tentar o desarme. Isto permitirá, por exemplo, que a defesa se equilibre novamente ou que alguém o cubra.

Quanto às ofensivas, inicio pela reposição. Isso acontece quando, com o uso das mãos, o goleiro coloca a bola em jogo na sua meia-quadra. A reposição deve visar um companheiro bem colocado ou um espaço livre. Deve ser feita com segurança, não expondo a equipe a investidas do adversário.

O lançamento é diferente da reposição apenas num ponto: é feito na meia-quadra de ataque. Com a nova regra do arremesso de meta, onde não é necessário repor a bola na sua meia-quadra defensiva, esta habilidade será ainda mais utilizada.

E, por último, o jogo de quadra. Caracterizado pela utilização das habilidades domínio (recepção), passe, chute e drible (se for na quadra de ataque). Tanto melhor se o goleiro for hábil nas quatro. Entretanto, minimamente, precisa ser bom pelo menos em duas: domínio e passe ou domínio e chute.

Treino Específico Para Goleiro de Futsal

TREINAMENTO ESPECÍFICO PARA GOLEIROS DE FUTSAL

TIPOS DE TREINAMENTO NO ALTO NÍVEL

Nesses nove anos preparando goleiros de futsal, e tendo oportunidade de poder trabalhar com todas as categorias existentes no nosso esporte, é com muita satisfação que acompanho a evolução técnica e táctica dos goleiros.
Ao longo desta jornada fui criando uma metodologia de treinamento, observando e testando algumas coisas tiradas de livros e vídeos, assim como trocando informações com outros profissionais do meio.
A grande parte dos treinamentos que aplico foram criados e desenvolvidos ao longo dessa experiência em trabalhar com goleiros.

Resolvi, após conseguir ter óptimos resultados, dividir os treinamentos pelo que eu denominei "tipos de treinamento", para trabalhar de forma objectiva e fazer um programa de treinamento adequado podendo assim conseguir melhores resultados.
Esses tipos de treinamento podem ser realizados separadamente ou mesclados em uma secção de treinamento, deve-se respeitar o período de preparação que se encontra a equipe, e durante a competição o "feeling" do preparador de goleiros é muito importante, além do acompanhamento estatístico, para direccionar o treinamento.

DESLOCAMENTOS: treinamento para membros inferiores, utilizando deslocamentos que os goleiros utilizam durante uma partida. Esses exercícios são de máxima importância porque servem de base para o restante da temporada, eles consistem dentro de suas variações em: deslocamento lateral, deslocamento para frente e deslocamento para trás.

BOLAS RASTEIRAS: treinamento de lateralidade, com exercícios variados podendo, dentro desses, variar tipos de bola e situações diferentes.

BOLAS MÉDIAS: treinamento de lateralidade, com exercícios variados podendo, dentro desses, variar tipos de bola e situações diferentes.

BOLAS ALTAS: treinamento de lateralidade, com exercícios variados podendo, dentro desses, variar tipos de bola e situações diferentes.

AGILIDADE: deslocar-se de um ponto ao outro o mais rápido possível utilizando fundamentos técnicos.

TEMPO DE REACÇÃO/VELOCIDADE DE REACÇÃO: capacidade de reagir na menor unidade de tempo possível a situações não previstas no desenvolvimento do jogo. Criar exercícios que exijam reacção rápida.

SAÍDAS: situações que o goleiro deixa o gol para executar uma defesa. Esse tipo de treinamento é dividido em: saída em bolas altas, com pegada e/ou socando a bola; e saída em baixo, que pode ser de joelhos, guarda baixa com os joelhos bem flexionados, guarda alta quase na posição em pé.

RECUPERAÇÃO: tipo de defesa muito usada pelos goleiros de futsal, este tipo de treinamento consiste em executar exercícios com mais de uma defesa, sempre variando o lado da defesa e o tipo de bola.

REPOSIÇÃO DE BOLA: com as mãos sendo: lançamento clássico, directo, de baixo para cima e bola rápida. Com os pés: passe e lançamento.

TREINO TÉCNICO: exercícios de todos os fundamentos, corrigindo posicionamento e movimento técnico.

BOLAS VARIDAS: treinamento variando bolas rasteiras, bolas médias, bolas altas.

RESISTÊNCIA DE VELOCIDADE: exercícios de alta intensidade, com variações de fundamentos, que variam entre 30 a 90 segundos por exercício.

VELOCIDADE: exercícios de alta intensidade, com variações de fundamentos, que variam de 0 a 10 segundos por exercício.

No início da preparação aconselho começar com os treinamentos de deslocamento, introduzindo fundamentos como pegada alta e pegada baixa. Os treinamentos de resistência de velocidade e velocidade precisam acompanhar o estágio da preparação física para que se consiga bons resultados no desempenho dos goleiros, os outros podem ser adequados de acordo com as necessidades da preparação. Espero poder estar compartilhando essas ideias, assim como, estar recebendo outras para poder melhorar e aprimorar este tema que é tão pouco discutido.